O prazer é enorme em apresentar essa careca a vocês, seu nome é Ingrid Da Matta, tem 26 anos, e se mudou a pouco para Portugal para estudar. É do tipo de amiga que incentiva, que quer sempre o nosso bem, e esta disposta sempre a ajudar. Foi muito bom vê essa mudança em você, digo a interna, acompanhei o quanto focou e se dispôs a estar onde está hoje, e a admiro por isso. Sei que a caminhada ainda é longa e não esta sendo fácil, mas acredite, o passo mais importante você já deu, que foi ir...
Saiba que estou na sua torcida,
te amo amiga!!!
RELATO
Acredito que toda mulher algum dia já pensou em ser "careca". Seja por vontade ou por desespero! Quantas de nós já sofreu por causa de "cabelo'? É fato que o cabelo mexe diretamente com a nossa autoestima. É fato que ainda estamos presas a padrões.
Eu mudo de acordo com a fase da minha vida. Especialmente em viagens. Quando morei nos EUA estava em processo de transição, parei de usar química e deixei meu cabelo crescer natural. Foi o jeito de dizer pro universo que mudei e de que estava aberta para as mudanças.
Agora me mudei para Portugal, e assim como em 2011 essa mudança foi de dentro para fora! Muitas pessoas não entendem. Muitas pessoas me acham "louca". Mas elas não precisam entender. É o meu caminho. Assim como a 5 anos atrás me tornar careca foi mais uma vez o jeito de dizer: "Ok, Universo! Estou aberta para a minha nova vida!"
Movimento gera movimento. E para mim, definitivamente uma nova vida exigia um novo cabelo! E eu me ouvi! E fiz exatamente o que queria fazer. Não tive medo. Não me importei (e não me importo) com a opinião das pessoas, pois eu cortei o cabelo para mim! E não para as pessoas.
É incrível o espaço que o blog oferece para compartilhar as nossas experiências não como "carecas", mas sim como mulheres. O "cabelo" ou a falta dele é só um meio.
Não é moda. Estamos vivendo "a primavera feminista" ou o "pós feminismo" e é por isso que temos a liberdade de fazermos o que quisermos com os nossos cabelos. De saber que mesmo sem cabelo continuamos a ser mulheres, que podemos ter o nosso próprio estilo, que não precisamos "ser femininas" mesmo de cabelo curto se não quisermos. É pessoal. É intrínseco.
As pessoas precisam respeitar. Não precisam entender.
O cabelo é uma ferramenta maravilhosa. É uma ferramenta que a natureza nos deu, deve ser usada a nosso favor, para nossa expressão e diversão. O cabelo, assim como as nossas unhas, são as únicas coisas que podemos mudar e voltam a ser exatamente como eram antes. Estamos presas a paradigmas que muitas vezes nem questionamos.
Você tem medo de que?
O que se esconde atrás do seu medo de mudar?
Porque ter sempre a mesma imagem, se você já não é a mesma pessoa?
Questione-se.
Liberte-se.
Raspar os cabelos não tem nada a ver com rebeldia, com desleixo, é bem o contrário. É sobre uma força imensa, sobre liberdade e segurança. A segurança de se amar exatamente como você é, sem molduras, sem amarras, sem proteções, aberta pra vida, despida de paradigmas. É desconstruir e deixar renascer.
O rosto despido tem a capacidade de nos mostrar sem máscaras ou proteções, prontas para sermos exatamente o que somos. A gente raspa pra se desconstruir e deixa crescer pra renascer.
Sejamos todas carecas.
Cada mulher tem seu tempo e seu ritmo. Mas que cada uma de nós possa viver esta expressão de força, reconhecimento, liberdade e renascimento.
Amei!!! Linda e maravilhosa ��
ResponderExcluirMuito top Ingrid! Curti muito! Radicalizou!
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